terça-feira, 19 de agosto de 2025

Sharper

Assisti Sharper (2023) de Benjamin Caron na AppleTV+. Vi esse filme em sugestões no instagram. Eu sempre olho sugestões de livros e filmes no instagram. E foi uma grata surpresa! Que roteiro bem coordenado, que edição e que ótimo elenco!

Após o título, vem a palavra trapaça e o seu significado no dicionário. Aí começa uma história romântica entre um casal. Ele trabalha em uma livraria e ela faz doutorado. Como tinha vindo a palavra trapaça, eu me perguntava qual dois dois estava trapaceando o outro e porquê. Nenhum dos dois parecia que poderiam ser alvo de trapaças, pareciam dois jovens sem grana. E o carinho e amor deles parecia autêntico. Ótimos Justice Smith e Brianna Middleton.
O filme começa a contar a história dos personagens voltando no tempo. Sebastian Stan é o terceiro a ter sua história contada. 

E Julianne Moore aparece no elenco. Ela tem um relacionamento com o milionário de John Lithgow. Tudo é muito bem coordenado e organizado. Não é um filme barulhento, é um filme intimista, reflexivo, quase silencioso, muito bem feito. Os personagens calculam suas ações. É um filme de tirar o fôlego, na inteligência, no inesperado, que grata surpresa!

A trilha sonora também é ótima.

Beijos,
Pedrita

domingo, 17 de agosto de 2025

Concerto Realidades Imaginárias

Fui ao Concerto Realidades Imaginárias da OCAM - Orquestra de Câmara da USP no Auditório Camargo Guarnieri na USP. Que maravilha! Gosto muito desse grupo musical que comemora 30 anos. É formado principalmente por alunos de música da Escola de Comunicações e Artes da USP. A regência foi do ótimo André Bachur. A orquestra interpretou obras de três compositores brasileiros vivos. A bela Gromovinik de Yuri Behr, Fragmentos de Mariza Rezende e a inquietante Amarelo-Bilophila, de Fernando Dias Gomes, obra desenvolvida no 1º Atelier de Composição da OCAM.

O incrível Edelton Gloeden foi o solista convidado e interpretou com a OCAM uma belíssima obra de Villa-Lobos, o Concerto nº 1 para violão e pequena orquestra. 

Edelton voltou para o bis e interpretou solo outra obra de Villa-Lobos, o Prelúdio nº 3 em Lá Menor, Andante. A orquestra finalizou com a Suíte Pulcinella de Igor Stravinsky. Foi um belo concerto e gratuito. O teatro estava lotado.


 Vou colocar vídeos de outros concertos da OCAM e do Edelton Gloeden.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Ruptura - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada de Ruptura (2025) de Dan Erickson na AppleTV+. É extremamente triste, me emocionei inúmeras vezes. Para desespero dos fãs que me incluo, não está confirmada a terceira temporada. Sim, pode não existir, fechou com algumas pontas soltas, mas nada que não possa já ter terminado. 

Três estavam prestes a acordar no externo e saber quem são por alguns minutos. O combinado era contar quando voltassem. O interno de Mark (Adam Scott) nós conhecemos mas ele descobre que a esposa está viva, mas como ele tem a ruptura nesse momento exato, o externo fica confuso. Helly (Britt Lowell) descobre que é a filha do criador daqueles horrores e que ela é horrorosa também. Irving vai atrás de Burt. Como punição só Mark não é demitido e ele faz um inferno para ter os colegas de volta.

Em um episódio eles acordam na neve, no meio de uma floresta. Milchik (Tramell Tillmann) está mais infernal que nunca. Eles tem desafios. Muitas empresas fazem dinâmicas em florestas, vários executivos já morreram nessas dinâmicas e a série faz exatamente como tem sido. Michick fala que eles estão seguros que tudo foi pensado, mas na verdade eles estão sendo cuidados por uma criança que é a gerente deles e pelo Milchick. Então qualquer contratempo não tem médico, ambulância, primeiros socorros. Inclusive Irving fica muito mal e vai para a floresta e dorme lá, podia ter morrido de hipotermia, mas ninguém dá falta dele.
É muito engraçado quando eles descobrem a criança dando ordens pra eles, e eles repetem o tempo todo: "mas ela é uma criança". E ela fica lá, à disposição, em horários enormes. Sarah Bock está ótima, com seu semblante sem emoção, com suas ordens absurdas.

A trama das cabras finalmente é desvendada. A personagem da Gwendoline Christie é fundamental para mudar o rumo da trágica história dos internos. Fica claro que o líder é mais maluco que pensávamos e tem a Lumon como uma seita com rituais de sacrifício.

Com a revolta da Cobel da incrível Patrícia Arquette, descobrimos o início da Lumon. Em um episódio ela segue para sua cidade natal que a Lumon destruiu. Lá a Lumon tinha uma indústria de éter e viciou seus habitantes. Um ex-amor de Cobel (James Le Gros) é o traficante de éter atualmente e lá só vivem idosos viciados. Inclusive é muito grande o número de atores com mais de 70 anos em papéis expressivos. Cobel foi buscar uns documentos na casa da pavorosa tia (Jane Alexander). São muito impactantes os confrontos das duas.
Nessa temporada os externos e internos estão em conflito entre eles, exceto Irving (John Turturro) que tem um desfecho triste conhecendo Burt (Christopher Walken) no externo. Mark está disposto a achar sua esposa. E ele tem um grande dissabor. Na neve ele e Helly se amam, até ele descobrir que era a Helena traiçoeiramente se passando por Helly. Ficamos na dúvida se Helly está fingindo porque ela não conta sobre sua externa. Até que ela diz que ficou com vergonha. Ela é digna diferente de sua pavorosa externa. O externo de Mark descobre que seu interno é feliz lá, que até ama uma mulher, tem amigos.
Dylan, do ótimo Zach Cherry, foi manipulado pela Lumon, que não se cansa de fazer as pessoas infelizes. Como a Lumon sabe que ele ama presentes, proporcionam momentos mágicos vendo a família do externo e sua esposa, da linda e talentosa Merritt Weaver. Os Dylans passam a se odiar e disputar o amor da esposa e é de cortar o coração.

O final é muito violento e impactante. E dá pra ter continuação que eu adoraria, mas também dá perfeitamente pra terminar. Que série! Entre as melhores séries que já vi na vida.
Ao final dos créditos tinham bastidores. Todos falavam do episódio que passara e com cuidado, sem dar dicas, muito bom.

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Spirit in the Blood

Assisti Spirit in the Blood (2024) de Caly May Borgstrom na HBOMax. Achei que era filme de fantasminhas, mas não é. É um filme complexo, em uma cidade retrógada e violenta com uma adolescente já encontrada morta na mata. O filme aborda umas questões importantes e interessantes, mas não chega a ser um grande filme, muito pelo contrário.


O pai (Greg Bryk) resolve voltar para a sua cidade com a mulher grávida e a filha adolescente. Ele é um pavor. A cidade toda é um pavor. Claro que ele frequenta uma igreja com um pastor (Michael Wittenborn) preconceituoso e violento. Com o tempo ficamos sabendo que a mãe perdeu o bebê algumas vezes em uma gestação avançada e é por isso que o pai resolve ir para a cidade. Confesso que eu fiquei na dúvida se o responsável pela perda do bebê não era a violência do pai. Assim que começam a chegar na cidade, no meio da mata, ele se indispõe com a filha e a larga sozinha no meio do nada. Depois ele vai na plantação buscá-la e a acolhe.. É do tipo morde e assopra. Na plantação a jovem pensa ter visto um homem árvore se mexer, mas é tudo muito sutil e podia ser um efeito do vento.
 
Summer H. Howell está ótima. Por ser de família violenta e disfuncional, lógico que ela vai se ligar a uma jovem semelhante. Sarah-Maxine Racicot também está ótima. O que poderia ser um grande desastre, acaba sendo uma grande proteção. As duas passam a inventar rituais, buscar o lado animal delas e chamam outras jovens para se unirem. Elas começam a ter força, coragem, estratégia e união. Sim, elas passam do ponto e são violentamente punidas, bastava bronca e algum castigo. Mas todas são muito abandonadas, por famílias ausentes, não teria como elas serem diferentes.

Enquanto elas estão nos seus processos de força e coragem, os homens e adolescentes homens da cidade estão caçando animais. Eles cismaram que quem faz  mal as jovens é algum animal. A dor delas vendo os animais mortos é de cortar o coração. Sim, é tudo filmagem, não é real, mas é desolador.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de agosto de 2025

A Menina Passarinho

Assisti a peça A Menina Passarinho da CTI - Teatro Paulo no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. Foi o último evento do encontro que já estou com saudades. Eu queria muito ver esse espetáculo porque tinha ficado encantada com as fotos. Adoro teatro de bonecos. Sim, era teatro, música e tinha também bonecos. Que história linda.

A menina quer ser um passarinho. O texto e a direção é do Edu Brisa. Tudo é lindo! Os figurinos são de Samuel Cabral, que também assina o cenário e Eder Lopes. Os bonecos são de mamulengos feitos por Oscar Luiz (latino) Mamulengo de Si Mesmo. Tem música ao vivo, todos cantam e tem instrumentos no palco. A menina é interpretada por Juliana Crifes e tem a ajuda do amigo de Beto Bellinatti na busca por ser passarinho. A mãe dela é o boneco da primeira foto.
A professora é um boneco e a voz dela é gravada pela Odília Nunes. O espetáculo é muito lindo!
O teatro estava lotado e tinham muitas crianças. Esse encontro tem sempre conversas ao final. Edu Brisa contou que Odília Nunes é uma importante palhaça de Pernambuco. Ele disse que o grupo pesquisa histórias, principalmente de cordel, para criar as deles.
Eu já tinha visto um espetáculo do grupo, A Casa de Farinha do Gonzagão que comentei aqui
Beijos,
Pedrita